Letras no Asfalto

Letras no Asfalto

30.9.08

Escravo

do som, livre vício que impedemaiores desatinos,
de seus pensamentos embotados de humor animal.
de seus olhos; que querem a mais sombria silhueta,
do papel; causa primeira de todos os despertadores,
da cura; agulha na floresta das palvras soltas,
dos dias; que sucedem a queda e antecedem o ascenção,
do karma, eis o karma,
não age senão pela força de atrito, nao desce senão pelo apelo de seus demais,
inspira a muitos a mais diminuta ação, espera de todos os lados a ultima cartada,
cre que enfim encontrará, e depois disso a solução, mas segue sem espanto, observa o que se vai e fica, mas ignora os laços que se unem e tecem a mais pura sensação de tudo o que compõe, que briga, que o torna, escravo.
Luz, desça.

26.9.08

Se me permite.

Conheço bem as pessoas e os movimentos as unem e as desunem, diverti-me o passar dos dias e a contemplação do suceder das horas humanas, creio que há nisso tudo uma ponta de sarcasmo e sanidade, ando pelas ruas, às vezes com o intento de andar, outras como um caçador inglês na savana africana, estrangeiro, errado ali, um alien, mas ali. Olha a presa, que passa a sua frente ao acaso, mata-a e segue, sigo. Assim é este campo florido que chamais, supermercado, rush, cidade, zona habitada, que seria desta espécie não fosse o instinto fazendo-se senhor das ações? Seriam melhores, menos atos na peça teatral, mais finalizações, nada de ações recomeçadas, poemas reeditados, livros não lidos, paginas inúteis.
Assusta-me também a rapidez nefasta dos pensamentos mesquinhos de prazer, a agilidade com que apontam no portão da rua e quando não, já se apoderam da sala e quando sim; dormem o sono dos justos na cama de casal bem junto às aranhas do tempo e os grilos de indagação, ah pensamentos, há pensamentos!(o que não faz um agá para aparecer não é leitor?)
Imperiosa descrição seria se os amantes tivessem em si o dom da telepatia, mas não a tem, pois então, andam de um lado para o outro espreitando as costas alheias que lhes oferecem abrigo e ternura, afastam o mal pela raiz, mas ainda a deixa no chão. Triste fim de todos os que sobem demais a ponto de não poder vislumbrar o que se passa perto dos pés, hora tardia ou não a liberdade bate a porta, grita aos berros e chora feito filho gatuno que sabe que o pai vai lhe conceder, o plastation 3 ou o dinheiro da canabis...o triste geração, uma hora cai, uma hora cai.

16.9.08

5 anos depois (aproximandamente)

O céu, cinza .
O coração, ancioso.
O passo, errado.
A certeza, não praticada.
Os dias, estranhos sem você.
O carácter, amíude de lado.
O sonho, esse deixa pra lá.


Fui eu, eu sei, talvez possa chorar, pq essa culpa é minha, talvez deveria ser assim, e de qualquer, jeito seria cedo demais ainda para nós dois, talvez...
Mas eu sei que poderia ser mais São Paulo, mais dinheiro, mais feliz, menos dor de cerrado, depois mudaríamos pra um lugar menor... o que eu posso fazer, eu vou correr atrás, muito atrás, por que o céu me lembrou, por que o trato não me deixa eskecer, por que cada dia é um dia a menos sem vc.
não há mais nada a dizer.
Meu nome é ******** , tenho ******* anos e sou do estado de ********, e vim para limpar o nome de minha família.

12.9.08

Bueno

e lá vamos todos nós,
parafrasenado hermanos 77
"Decido que no te quiero escuchar,Decido no formar parte de tu plan''
''Hasta que no te pase a vos, no vas a entender,Siempre así, tan egoístaHasta que no te pase a vos, no vas a entender,Clásico individualista''
mais um passo, simples desejo de se conter, humor de não acreditar no que faz do homem, escravo doce e sorridente.mais um belo ano, são outros números entretanto, nosso abismo, cresce com o andar destas equações, me pergunto certas coisas, e bem, o que eu faço?
eu faço shows nas sextas feiras, eu bebo na beira da sinuca, eu brigo com ela, eu viro o ultimo copo pra ver se o calor vai embora, recebo telefonema de outro, me compadeço, creio no homem, embora lute para não mais crer, juro promessas de início meio e fim de ano, coragem, coragem, coragem.
Somos o fruto desse mundo sem freio, somos a esperança de tudo o que caiu atrás de nós, pero la obscuridad ...
Os perfumes que não senti um dia pesarão sobre mim, as covas que não pisei me faltarão no momento único de um e outro, as setas de amor seriam elas mais duras, não fosse minha pouca humanidade,lástima real de uma noite sem intenção, de uma passagem de avião, de um cordel que pouco li, da república pela qual lutei, de todas as freiras que cobicei ainda garoto junto ao clero que me reprimia o mais sincero suspiro e atenção daquelas noites de duras penitências e pouco vinho. Quando mais velho, a caipirinha(s) e o forró,objetivo meu de ontem e hj, falta sobre tudo o giro monetário, logo pois, blues, I get Blues Creio no fim, mas quero a continuação.Creio na continuação, mas quero o fim.