Letras no Asfalto

Letras no Asfalto

26.12.05

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Velho, cruza a rua com seu fiel andar que cravou a historia deste país, o peso de sua idade já denotava sem rodeios a experiência que circundava o seu paletó. A avenida cumprindo seu papel mais imparcial que qualquer criança abandonada ou dona de casa vítima de terrorismo desumano. Ali, nada parecia fazer mais sentido do que jogar xadrez com os amigos na praça e de costume, a masturbação intelectual já não tinha tanto sentido, bem diferente de alguns jovens, que em vão atravessavam a rua, embriagados de álcool e outras coisas que julgam certo. Naquele momento, manifestado de forma direta, como sempre alias, o erro que o homem justifica juventude:
– Tola vaidade. Pensou.
Logo:
A presunção de uns poucos não se encerra neles, tampouco nas feridas individuais, posto realizado em si o conceito de sociedade, mais nenhuma ferida é propriedade privada, nenhuma lagrima é privilégio de um. A poesia é senão comercio do divino ego, as vivencias que nos constroem passam por nos como anfetamina ou brisa leve, e nada mais será como antes destas palavras esporádicas, intituladas eu.