Letras no Asfalto

Letras no Asfalto

13.6.09

Pessoas.

E nós caminhamos juntos, por breves momentos podemos ate preferir a doce solidão, em outras ocasiões a companhia da família basta, mas não há como negar a nossa vocação para vivermos juntos.
Brigamos, amamos, hostilizamos, segregamos, machucamos, cuidamos, queremos, no quebrar dos ovos, as faces contentes das fotos que hora sim guardamos com saudade e alegria. Dos beijos e afetos, dos gritos necessários e dos não necessários, acaba restando em nós como o ultimo acorde de um cello executando Bach, o combustível que nutre a maquina humana cotidiana, a simples e recalcada maquina humana literal, que viaja de lá pra cá, que busca o fim de semana, o corpo perfeito, o credito social, o amparo de Deus, a moral familiar.
O que pode de certo nos atrapalhar nesse caminho são os condicionamentos atávicos, a pouca maturidade que ronda matreira nossos copos (vez cheios e vazios), é o desinteresse pelo ser, aquela indiferença dura que cava o buraco escuro da amargura e da baixa dignidade, fora este percalço não temo mais nada, mais nada senão essa gaiola, fora a dúvida.

Nosso caminho segue, apesar de tudo os dias passam e vamos pouco a pouco aprendendo e mudando ou reforçando o que já manifestamos junto ao meio.Pagamos o preço de nossas escolhas e seguimos.

As nossas histórias vão se delineando na medida que cruzam umas com as outras, eu gosto de sentar e observar o movimentos das coisas, os olhares, as palavras e as cores que nos definem.

Aos Generais, mafiosos, rockers, irmãos sinceros de um nação sem pátria, a todas a gerações presentes e futuras das pequenas beldades que nos cercam, comemoremos a nossa estada na juventude, que dure o devido tempo, que seja inteira.

3.6.09

Gracejos de um Homem de Deus.


O que um homem do mar faz quando entrega a santa da procissão em terra?
Resposta: ele volta pro mar e o rumo da procissão não é de responsabilidade dele.
De um lobo mais velho ouço, ''maré vai passar''.


Os gracejos não faltam, mas é necessário estabelecer as riscas, levantar os muros, começar do zero com a mesma disposição todo dia. E é bom que seja assim, os sonhos afinal continuam simples demais, os bons momentos de zerar tudo, de se desvencilhar, voltar ao ponto de partida, é reconhecer outro jogo, aceitar outras regras e permanecer em ação.


Eu concordo que Deus é um menino com um estilingue na mão e o bolso cheio de bolas de gude, quando ele vira o boné e olha matreiro é bom não estar na reta.