Letras no Asfalto

Letras no Asfalto

19.3.10

sobre a Família


somos parecidos e eu gosto disso, agimos cada qual dentro do seu contexto e procuramos acelerar, o nosso combustivel é o mesmo, a potencia do motor assusta quem pisa sem pensar, raras as que assumem o volante de um V8 customizado e dirigem com a pegada da velha escola, inumeras as que arriscam e se jogam na frente do carro, são motivo de distração.
eu procuro me manter acordado pra mais pisar fundo, andar mais rápido, queimar mais raiva pra maquina funcionar até a hora de parar e apreciar o deserto, a loja, o posto, a solidão ou a companhia da quem ousar estar.
e eu sei que vc também procura se manter acordado atento e com raiva, ti amo cara.

8.3.10

bata da forma certa, entre da forma certa, fale as palavras certas...


Um ''por favor'' faz toda a diferença e é por ele que eu posso (poderia) abrir uma mensagem.
Entender um pensamento japonês pra mim ainda é um pouco difícil, o método e a forma como as coisas se encaixam, não me dizem as minhas palavras.
O piano, a ciranda, o cálice, tudo isso preso no mesmo pano que cobre a mesa, que também cobre a cama.
De nós, um pouco restou além de pobres vírgulas, eu busco o encanto, eu me perco no mato de propósito pra ver se uma dríade me acha.
Eu cavo no concreto que eu mesmo joguei no chão, eu meto as orelhas na parede pra escutar a ilusão que espero emergir diante de mim, que seja para este que escreve motivo de deleite e de descanso.
Procuro me sentar como Jó se sentou, procuro as circunstâncias e as ações.
Eis este homem, que se preenche do que busca, apenas pelo ato de buscar.
...pq não importa aonde alcance, o que carrega dentro do peito ainda é mais importante.

6.3.10

anotações de março...


Quando se anda pelo pasto e ao chegar perto de uma macieira acha-se lá uma bela maçã é bom ficar em silêncio e não contar isso a mais ninguém, é recomendável o regozijo interno e a gratidão ao alto.

Recomendação de quem já perdeu uma maçã e por sorte achou outra mais bela, de março a março.

4.3.10

algumas ressalvas


1.inocentes continua FODA
2.eu vou montar outra banda
3.cafajeste continua sendo a melhor estratégia(não tem jeito)
4.viver e morrer no underground, riffs, noites em claro, viagens e shows, o resto é complemento.
5.a mil por hora é bem melhor
6.meu irmão continua sendo o cara mais legal do mundo
7.voltar pra casa podre da academia é a melhor solução pra não brigar tanto na rua
8.brigar na academia é seguro e exatamente agora eu to precisando de gelo no tornozelo esquerdo(canhoto é o crocop)
9. eu não sou croata, nem canhoto.
10.inocentes é FODA PORRA!
11.achei dois cds dos inocentes no meu pc hahahaha (labirinto de 2004 du CARALEO MEO)
12.esse blog é pessoal sim. fuck off !
13.eu tento sair dessa mas é bom demais.que venham as tattoodas de cabelo curto e problématicas.

3.3.10

pela força do Sagrado


É fácil acordar e fazer merda, e vender o peixe, e prestar aos olhos alheios.É fácil achar graça da merda, difícil é seguir impecável.Depois de um tempo as desculpas não servem mais de nada.Quando a mentira perde a cor, quando o coração quer parar.Quando o som se torna a única opção de razão.Quando os movimentos são inúteis e os exemplos escassos.Quando o rum acaba, quando se é enganado duas vezes pela(s) mesma(s) mulhere(s).Além disso, não resta muita coisa.Não se pode ficar perto o suficiente de seus amigos para ver neles os seu males.Não se deve passar mais de três dias com uma mulher que não ti inspira a eternidade,mesmo que utópica.Não se deve dar whiskas para seus gatos, pois eles só comerão isso até o final dos tempos.Mas é bom tomar um copo duplo de água todo dia de manhã.Senhor me afasta de todo o mal.

1.3.10

Diário de Bordo


Eu, parado na frente do leme. O mar, um pouco revolto e o vento não me consola. O navio por sua vez, segue mais rápido depois de que foi lançada ao mar a carga que impedia a livre navegação. Certos compromissos fazem com que a rota seja triste, pesada e quando em dias de reflexão aguda, desnecessária. Então quando no fim de uma jornada e outra, senão raras às vezes, eis que se abate sobre a nau uma estranha sensação. Não é arrependimento por ter jogado tudo ao mar, não é arrependimento por ter tomado tantos caminhos tortuosos depois disso, não é arrependimento por ter reunido uma tripulação de cães bêbados, muitos menos é arrependimento por ter me jogado em todas as camas gentis de portos inúmeros que infestam a costa, não provém do arrependimento, isto por que a certeza da ação é única. A sensação é estranha e cabe aqui a petulância de imaginar que, nenhum poeta tenha antes destas linhas que seguem, registrado assim, isto de tal forma. Acontece que é sofrimento de ordem humana, e isso nós bem o sabemos, acontece que este sofrimento deveria ter outra essência, uma essência real, porém a sensação é essa... De que tudo o que foi jogado e depositado nas entranhas do oceano, deveria por ordem de importância ser digno de uma marca sutil na carta de navegação, marca explícita somente aos olhos de quem amou de fato, um tesouro real. Onde pelo qual não fosse medido esforços para resgatá-lo, dói o saber do vazio das arcas ocas que afundaram com o peso de chumbo e o apreço de ouro. Eu gostaria que os contratos selados com realeza e sua marinha soberana, tivessem valido o custo desta ilusão para este humilde capitão e sua tripulação de companheiros piratas. Restam-me alguns copos de rum, uma proposta interessante de negócios ao sul, a boa vontade de algumas belas e sorridentes damas que não querem meu compromisso e as velhas palavras que meu bom pai um dia gritou frente a este leme.

‘’... Preparar as Velas, levantar Ancora!’’