Letras no Asfalto

Letras no Asfalto

30.12.10

oásis

"Não, tu não és um sonho, és a existência
Tens carne, tens fadiga e tens pudor
No calmo peito teu. Tu és a estrela
Sem nome, és a morada, és a cantiga
Do amor, és luz, és lírio, namorada!"



Tempo. Quanto tempo? O tempo importa?
É verão. Hoje venta frio e chove. A primavera que nos abriu os olhos ficou pra trás.
Ainda sim vejo boas misturas genéticas, bolas de pelo voando pela sala como num filme de faroeste, grandes janelas sentáveis, sofás espaçosos que nunca serão usados pq gostamos é de sentar no chão, o verde vivo das folhas da macieira em contraste com o azul do firmamento.
Eu sinto o cheiro de pelo, de pele, de terra, um cheiro familiar.
Não há mais espaço inatingível, todos os cantos estão tomados. Nas terras ermas há um sussurro de esperança e o amarelo shiny da felicidade anda atraindo alguns pássaros barulhentos e arruaceiros.
A luz ronda as esquinas escuras, clareia os melancólicos pensamentos, esquenta os pés de quem não mais marca sozinho a areia das praias.


"Lá em cima, o céu
Aqui, os pés no chão
A fé quer dizer que sim
Quem vai dizer que não?"
 
 
 
 
Nós dois contra o mundo (: 
Chuva

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