Letras no Asfalto

Letras no Asfalto

10.10.10

que venha o resto.

recebendo os conselhos de Vinícius pela voz de Maria, eu sento aqui e vejo passar pela minha frente as formas inúmeras e não quero mais nada além de we.
por que o poeta disse que todo amor só é grande se for triste, mas é melhor ser alegre que ser triste a alegria é a melhor coisa que existe. Entendo bem dessas regras do pode e não pode, pq carrego uma navalha no bolso e vou eu pra boemia,pq minha minha luta é bailada e minha dança é guerreira.
 eu tenho tantas considerações, sobre tudo, e no fundo (e graças ao tempo que envelhece os vinhos) que se reflete no exterior... a calma. São tantas conjecturas, suposições, enfim... Prefiro conjugar o verbo ter, pq o ser já está na primeira pessoa do plural e aquém disso não me importa, e além disso não há.
 
Rabiscado num guardanapo amassado , as letras do poeta.
Podem me chamar
E me pedir e me rogar
E podem mesmo falar mal
Ficar de mal que não faz mal
Podem preparar
Milhões de festas ao luar
Que eu não vou ir
Melhor nem pedir
Eu não vou ir, não quero ir
E também podem me obrigar
Até sorrir, até chorar
e podem mesmo imaginar
O que melhor lhes parecer
Podem espalhar
Que eu estou cansado de viver
E que é uma pena 
Para quem me conheceu
Eu sou mais você
E... eu  

e noutro guardanapo

Porque foste na vida
A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu
Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem
E eu tua mulher
Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser
do as I say and everything will be okay

2 comments:

Douglas Adrian said...

Muito bom o texto e os poemas, pensar em todas estas coisas e sentimentos. sucesso.

Anonymous said...

sinto uma falta dos poemas de vinícius!