Letras no Asfalto

Letras no Asfalto

16.8.09

Bom.


Feito bala sem pólvora, sobra à bossa que latente em mim, espreita meus momentos e espera ansiosa feito criança em noite de natal, o meu pouso sereno sobre mim mesmo, a fim de retrucar meu tempo e discutir minha ação, a fim de dizer sim e aquém deste ‘’não’’ rotineiro que hora pesa sem pudor diante de um copo vazio das lagrimas que não derramei,quem sabe sorrir.
Destas escuras palavras que transbordam de minha boca, deste frenesi de mãos afoitas, deste bolso relapso e desta mente rápida para tudo, o que fica para a geração que continua é senão expectativa de um futuro próximo, e caso parti-se nesse exato momento, nada deixaria nesta estação do acaso, nenhum cigarro queimado e velho, nenhum sonho realizado, nem um chapéu amassado.
Quando derramado na frente de uma janela, o bom jogador engana-se, mas sabe que o blefe só cabe nos outros e que quando não há ninguém é bom aprender outro truque(...) para amar e para viver. Pensa, sobretudo, mas não pesa de fato as conseqüências de todas as prospecções nem espera que façam isso, pois do mundo que o cerca, logo todo seu mundo, jamais mediram nem uma coisa nem outra.
Desta noite subtraem-se os minutos de vida boemia, desta vida subtrai-se a alma que aguarda, e o corpo que a clama em silencio.

1 comment:

Luciana F. Righi said...

fiquei emocionada...de verdade.

Senti lá dentro latejando...............