Letras no Asfalto

Letras no Asfalto

21.5.09

Pra um menino, rabiscado num papel do Pão de Açucar.Praia Grande 1994.

status:
Na altura do km 23, sóbrio com um pouco de dinheiro na carteira e uns amigos(todos passageiros)
De tudo:
O rumo que a vida toma pode assustar os dias mais desavisados, o tempo que é senhor nosso e de nossa imaturidade, sorri contente com a seqüência de seus passos.
Da luz que sobra permanente em nossos olhos opacos por álcool, bocas e musica alta, toda a lembrança de dias sem chão. Certas palavras que faltam na poesia cotidiana (virão adiante) revela descaradamente a condição atual da seqüência de sustos, piadas e dramas humanos que permeiam a doce trivialidade ignorada na mentira tacanha e adulta, (sendo, mentira tacanha e adulta os...)frutos indesejáveis da distante infância libertária, antes de tantos nomes ''ilustres'' que entorpeceram nossa adolescência e seguem dopando nossa juventude, enfim antes desses, Família, Sonho, Futuro, Promessa, Orgulho.
Por minha vez fujo e é só. Tenho a vaga idéia de que devo ver mais além do que os outros ou mesmo sofrer de certa alucinação por não constatar nos demais que dividem comigo certos êxtases e espasmos de jovialidade esta indignação, esta lágrima presa no canto do olho, quando vislumbro a cenas que se dão, e melhor dizendo as cenas que não se dão(estas certamente me doem mais), posto que nada fazemos juntos(além do que já faz a maioria), embora o potencial a ''vontade'' e discurso sempre afiado(mal dos mais novos pobres e dos velhos idealistas ricos).
Seguimos.

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